quarta-feira, 4 de julho de 2012

Pecado, Pecadores e Arrependimento - John Gill

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"...Os sujeitos do arrependimento são os pecadores, e somente eles. Adão, em seu estado de inocência, não tinha necessidade de arrependimento. Como não pecava, não havia pecado do qual ele tinha de se arrepender. Aqueles que, em suas considerações, imaginam-se perfeitamente justos e sem pecado não têm necessidade de arrependimento. Por isso, Cristo disse: “Não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento” (Mt 9.13).

(a) Todos os homens são pecadores; todos descendem de Adão por geração natural. Toda a posteridade de Adão estava nele; e, representados por ele quando pecou, todos pecaram nele. O pecado de Adão lhes foi imputado e possuem uma natureza corrupta que legaram dele. Por isso, são transgressores desde o ventre e culpados de pecados e transgressões atuais. Assim, todos necessitam de arrependimento, incluindo aqueles que se acham justos e desprezam os outros como menos santos do que eles mesmos. Esses acham que não necessitam de arrependimento, mas isso não é verdade. E não somente eles, mas também aqueles que estão no melhor senso de seu pecado precisam do arrependimento diário, visto que pecam continuamente em tudo que fazem.

(b) Os homens de todos os povos, judeus e gentios, são os sujeitos do arrependimento. Todos estão debaixo do pecado, sob o seu poder, envolvidos em sua culpa e sujeitos à sua punição. Deus ordena que “todos, em toda parte, se arrependam” (At 17.30). Durante o tempo em que João Batista e nosso Senhor estiveram na terra, a doutrina do arrependimento foi pregada somente aos judeus. Mas depois da ressurreição de Cristo, Ele instruiu seus apóstolos e ordenou que “em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém” (Lc 24.47). Em conseqüência disso, os apóstolos exortaram primeiramente os judeus e, depois, os gentios a se arrependerem. E, de modo específico, o apóstolo Paulo testificou “tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (At 20.21).

(c) Os homens são os sujeitos do arrependimento somente nesta vida. Quando esta vida terminar, acabar-se a dispensação do evangelho e Cristo vier pela segunda vez, a porta do arrependimento e da fé se fechará. Não haverá mais lugar para o arrependimento, nem meio de arrependimento, nem sujeitos capazes de realizá-lo. Quanto aos santos no céu, eles não precisam de arrependimento. Quanto aos ímpios no inferno, eles estão em desespero total e são incapazes de se arrependerem para a vida... Embora haja choro e ranger de dentes ali, não há arrependimento. Por isso, o rico que estava no inferno desejou que Lázaro fosse enviado a seus irmãos vivos, esperando que, por meio da ida de um dentre os mortos, para alertá-los sobre o lugar. Ele sabia que seus parentes nunca se arrependeriam ali, se não o fizessem na vida presente, antes de irem para aquele lugar. Portanto, o arrependimento não dever ser procrastinado."

John Gill - A Complete Body of Doctrinal Divinity Deduced from Sacred Scripture, reimpresso por The Baptist Standard Bearer.

Traduzido por: Wellington Ferreira
Copyright© Editora FIEL 2009.

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Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

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