sexta-feira, 8 de março de 2013

A Perpetuidade e Mudança do Shabbath (Sermon XIII) - Jonathan Edwards

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1703 – 1758

"...Portanto, conclui-se daí, ser a vontade e propósito de Deus que, não apenas os judeus, mas os homens em todas as eras e nações, santificassem um dia em sete:(...)

O desígnio de Deus nessa matéria está claramente revelado no quarto mandamento. A vontade de Deus está lá revelada, não apenas para a nação israelita, mas para que todas as nações devessem guardar todo sétimo dia como santo; ou, o que é a mesma coisa, um dia depois de cada seis. Este mandamento, bem como todos os demais, é, sem dúvidas, eterno e de perpétua obrigação, ao menos em sua substância, como está implícito por ter sido gravado nas tábuas de pedra. Nem se deve pensar que Cristo aboliu quaisquer dos dez mandamentos; mas ainda há este numero completo, até ao fim do mundo.

Alguns dizem que o quarto mandamento é perpétuo, mas não no seu sentido literal; não como se designasse certa proporção particular de tempo para ser separada e devotada ao descanso literal e a exercícios religiosos. Dizem que ele prevalece apenas em seu sentido místico, isto é, que este descanso semanal dos judeus tipificava o descanso espiritual da igreja cristã; e que os que estão debaixo do evangelho não devem fazer distinção entre dias e dias, mas manter todos os dias santos, fazendo tudo de uma maneira espiritual.

Mas esta é uma maneira absurda de interpretar o mandamento, no que se refere aos cristãos. Pois se foi abolido a esse ponto, está inteiramente abolido, uma vez que é seu exato propósito fixar o tempo da adoração. O primeiro mandamento fixa o objeto, o segundo os meios, o terceiro a forma, o quarto o tempo. E, se prevalece agora apenas como se indicasse o descanso espiritual do cristão, e o santo proceder em todos os tempos, não mais permaneceria como um dos dez mandamentos, mas como um resumo deles.

A principal objeção contra a perpetuidade deste mandamento é que o dever requerido não é moral. Aquelas leis cujas obrigatoriedades surgem da natureza das coisas, e do estado e natureza gerais da humanidade, bem como da vontade revelada positiva de Deus, são chamadas de leis morais. Outras, cujas obrigações dependem meramente de instituição positiva e arbitrária de Deus, tais como as leis cerimoniais, e os preceitos do evangelho sobre os dois sacramentos, não são morais. Ora, os objetores dizem que aquiescerão a tudo que seja moral no decálogo como de obrigação perpétua; mas este mandamento, dizem, não é moral."...

Jonathan Edwards -  The works of Jonathan Edwards - (Sermon XIII), The perpetuity and change of the sabbath,p. 95

SERMÃO EM PORTUGUÊS - Por Tiago Cunha

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Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

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