quarta-feira, 22 de maio de 2013

Justificação pela Fé - João Calvino

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1509 - 1564
"...Todo homem, portanto, admite a verdade da declaração de que os homens estão em um estado miserável a menos que DEUS trate misericordiosamente com eles, não lhes imputando os seus pecados. Mas Davi vai mais longe, declarando que toda a vida do homem está sujeita a ira e maldição de DEUS, exceto quando Ele concede da Sua livre graça para recebê-los no Seu favor. Sobre isso o Espírito, que falou por Davi, é um intérprete incontestável e testemunha para nós através da boca de Paulo, "Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos." (Rm 4.6-7).
Se Paulo não tivesse usado esse testemunho, seus leitores nunca teriam penetrado no real significado daquilo que foi dito pelo profeta, pois constatamos que os papistas, apesar de cantarem em seus templos: "Abençoados são aqueles cujas iniquidades são perdoadas", etc, passam sobre isso como se fosse um ditado comum, de pouca importância. Mas com Paulo, esta é a definição completa da justiça da fé; como se o profeta tivesse dito que os homens somente são bem-aventurados quando são reconciliados com DEUS e contados como justos por Ele.
[...]
Que as obras dos santos são indignas de recompensa porque elas são manchadas, parece um duro discurso aos papistas. Mas, nisto eles denunciam sua ignorância grosseira, estimando, de acordo com suas próprias concepções, o julgamento de DEUS, em cujos olhos o próprio brilho das estrelas nada mais é do que trevas.
Portanto, esta é uma doutrina estabelecida: que somos considerados justos diante de DEUS pela remissão gratuita de pecados. Este é o portão para a salvação eterna e, por conseguinte, só aqueles que confiam na misericórdia de DEUS, são bem-aventurados. Devemos ter em mente o contraste que já mencionei, entre crentes que, abraçando a remissão de pecados, confiam somente na graça de DEUS, e todos os outros que não se colocam no santuário da divina graça.”...

João CalvinoCommentary on Psalms 32 - O livro dos Salmos vol.2. Trad Valter Graciano Martins 1ed, São Paulo-SP: Edições Paracletos, 1999. pp 38-40

Fonte: Estudos Gospel

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Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

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