quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A meditação prática - James Meikle

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1730 - 1799

"...Muitas coisas eu deveria admirar e me maravilhar; como: o ser e as perfeições de Deus, a unidade na Trindade e a Trindade na unidade, o amor de Deus, a encarnação do Filho, a paixão de Cristo, o valor de seus sofrimentos, os nomes de Emanuel, os ofícios do Redentor, as relações do Deus-homem, o Espírito Santo habitando na alma, a união dos santos ao seu Cabeça, a comunhão das criaturas com Deus, a justificação dos culpados, a santificação do imundo, a glorificação do homem (que não é nada além de um verme), as grandes e preciosas promessas, a excelência da graça, a eficácia da fé, a natureza e a imortalidade da alma, e as glórias do mundo vindouro.

Por muitas coisas eu deveria lamentar; como: a dureza do meu coração, a minha ignorância de Deus, a minha apatia nos assuntos de sua glória, a prevalência do pecado, a minha falta de amor, a minha prontidão para a vingança, o meu prazer em criar prazeres, mente e língua carnais e o descuido quanto às preocupações do mundo invisível.

E no mundo exterior, deveria lamentar a decadência dos tempos, a corrupção dos costumes, a abundância da iniquidade, o ataque à verdade e o adorno dos templos de erro, o qual, se atacados, clamam, “Grande é a luz da natureza! Grande o poder do livre arbítrio e a excelência da moralidade! Grande é a deusa do universo!” (N.T.: Possível referência ao pensamento deísta, prevalecente entre os intelectuais nesta época)

Muitas coisas eu deveria procurar acima de todas as outras; como: a glória de Deus mais que todas as outras coisas, sua honra mais do que minha reputação e seu amor mais do que minha própria vida. E deveria lamentar mais os pecados dos outros do que minhas dores e aflições próprias e considerar meus pecados uma carga mais pesada que minhas aflições. Eu deveria estimar mais a promessa da vida eterna que a posse de todas as coisas criadas e a alegria interior mais que a paz exterior.

E, finalmente, no centro de tudo, muitas coisas devem motivar minha alegria; como: Deus governa todas as coisas, todas as coisas contribuirão para a sua glória e para o bem de seu povo, a justiça habitará na terra e o pecado será punido, a graça será aperfeiçoada e o amor será soprado em uma chama, quando a vida eterna for parte da alma, e Deus for tudo em todos no céu, onde veremos perfeitamente, a fruição será completa, a comunhão inconcebível e divinamente íntima, o conhecimento pleno, e os santos, (na mais alta perfeição que as criaturas podem alcançar), feitos participantes da natureza divina! Quanta alegria deveria trazer a ciência de que a glória daquele dia, a alvorada da eterna glória, não está muito distante?"...


Fonte - Reforma21


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Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

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