sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Tentações de Satanás - Theodore Beza

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1519 - 1605

"...Vamos, portanto, aprender a contestar de maneira diferente, o argumento de Satanás supracitado: 'Você diz, Satanás, que Deus é perfeitamente justo e vingador de toda a iniquidade'; eu creio nisto. Mas eu acrescento outra propriedade de Sua justiça que você deixou de lado: visto que Ele é justo, Ele se satisfez em ter sido pago uma vez. Em seguida você diz que eu tenho uma multidão de iniquidades e que, portanto, mereço morte eterna; eu creio nisto. Mas acrescento o que você, maliciosamente, omitiu: as iniquidades que estão em mim, foram de forma cabal, vingadas e punidas em Jesus Cristo que suportou o julgamento de Deus em meu lugar (Rm 3:25, 1 Pe 2:24). Daí porque, eu chego a uma conclusão completamente diferente da sua. Desde que Deus é justo (Rm 3:26) e não requer duplo pagamento; desde que Jesus Cristo, Deus e homem (2 Co 5:19), satisfez por Sua infinita obediência (Rm 5:19; Fp 2:8), a infinita majestade de Deus (Rm 8:33), segue-se então, que minhas iniquidades não podem mais levar-me à ruína (Cl 2:14); elas já foram removidas da minha conta, pelo sangue de Jesus Cristo que foi feito maldição por mim (Gl 3:13), e sendo justo, morreu pelos injustos (1 Pe 2:24). Logo após, é certo que Satanás saberá bem colocar, diante de nossos olhos, nossas aflições e especialmente a morte (Rm 5:12). Ele alegará que elas são testemunhas que nos mostram que Deus não perdoou nossos pecados. Mas argumentaremos que: primeiro, embora toda aflição e morte tenham entrado no mundo pelo pecado, Deus nem sempre tem em vista os nossos pecados quando Ele nos aflige. Nós deduzimos isto da história de Jó e em outras passagens (Jo 9:3; 1 Pe 2:19; 3:14; Tg 1:2). Mas Ele tem vários propósitos que visam a Sua glória e o nosso benefício, como explicaremos mais tarde. Por outro lado, quando Deus aflige os Seus por seus pecados, mesmo quando Ele chega a fazê-los sentir as dores da morte (Jó 13:15), Ele não está irado contra eles, como um juiz, para condená-los, mas como um Pai que está disciplinando Seus filhos para livrá-los da destruição (2 Co 6:9; Hb 12:6; 2 Sm 7:14), ou para dar exemplo a outros (2 Sm 12:13,14)."...

Theodore Beza - The Christian Faith ( capítulo 4, seções 1-13) 

Fonte - Reformados do Século XVI
Tradução - 
Rev. Paulo Anglada
Revisão - Rev. Ewerton B. Tokashiki

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Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

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